PLANTEI ORIGAMI
E quem colheu? Sequer imagino, mas penso que seja uma surpresa gostosa estar andando por aí e de repente dar de cara com uma borboletinha colorida de papel em cuja tag vem escrito: "-É sua!"
Essa foi uma intervenção urbana para o Projeto #achei origami. A primeira borboleta tentei deixar na barca que atravessava a baía da Guanabara, mas até o puxador da janela era inclinado, sem apoio. Então, fotografei, mas sabia que não podia ser ali, correndo o risco de voar para a água, poluir e não atingir o objetivo. E foi assim que a primeira delas, amarrei nessa corrente, bem no corredor de passagem, por onde pessoas apressadas entram e saem, mas torcendo para que alguém desacelerasse e parasse ali, se perguntando:
- O ´que é isso?
Na volta, horas mais tarde, ela já voara para outras mãos...Tem sempre alguém mais sereno, mais curioso e que não se atropela...
E então cheguei ao Boulevard Olímpico. O balcão de informações foi a próxima parada. E prestem bem atenção: "onde está "Wally?"
Seguindo viagem achei linda essa porta. E de todas, foi a foto que mais gostei. Apesar do tom coral, essa continuava lá quando retornei... ainda não fora vista.
Outra próxima ao mar...
Uma juntinho da Candelária.
E outra mimetizada com o painel - só para bons observadores...
Quem andou de balão passou por aqui. Foi você que a achou?
E em meio a tanto verde, tive a tentação de deixá-las todas, mas segui o percurso
pois ainda havia paisagens convidando. Fiquei por perto por um tempo após pendurá-la, só observando.
Algumas pessoas pararam ali para fotos, saíram e nada notaram. É porque não era delas...
Mas com o Museu do Amanhã ao fundo, esse dia limpo, céu claro refletindo no espelho d`água... o contraste se faz maior.
E olhem quem encontro pelo caminho... a cada moeda recebida, ele lentamente se movimentava. Coloquei alguma contribuição na sacola e recebi um cristal colorido, um pequeno rolinho de papel, que desenrolado, trazia um texto dizendo: "Uma palavra de bondade aquece o coração durante três invernos". Bem,,, essa borboleta foi presente. Ele não precisou encontrá-la em canto algum. Era dele e ficou lá feliz por estar em boas mãos.
E ele estava um luxo, inteiramente colorido
em contraste a essas linhas retas, tão sérias das construções.
Um trabalho incrível de Eduardo Kobra, com3 mil metros quadrados remetendo ás etnias gritava pelos muros.
Mas... não esqueçamos as borboletas para trazer alegria a desconhecidos. E deixei mais uma lá, aguardando...
E se deixasse uma lá no alto?
Para os pássaros?
Onde, onde, onde?
Tive a impressão de que sobraram caminhos, faltaram origamis...
E prometi a mim mesma plantar mais da próxima vez, pois foi uma vivência incrível, prazerosa, rica.
Tinha ficado apenas com dois origamis. Antes de partir, meu amigo pediu para ficar com um. Como não deixar? Levou. É daqueles amigos que, escolhido há tanto tempo, mais parece irmão. Cumplicidade que atravessa décadas. E chegamos aqui, no Paço Imperial. Eu achava que a exposição terminaria dia 28 e quis novamente aproveitar para passear o olhar nessas janelas que me encantaram e descobri que até 7 de setembro estará lá (Serendipity). Só que isso é matéria para outro post. Por enquanto, vou encerrar contando o destino da última borboleta.
Fui ao toilette, pendurei-a pelo lado de dentro da porta. E olha a hora e o lugar em que alguém irá encontrá-la...É que dizem que coisas boas acontecem quando menos esperamos e em lugares inusitados. Então...
Será que alguma delas ousa voar até SP me fazer uma visita?
ResponderExcluirOi, Raffaela, como vai? Bom vê-la aqui mais uma vez. Ela vai voando para vc. Me passe IN BOX um endereço de correspondência, depois é só aguardar...rs. Bjs
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