OUVIR OS PÉS
Com mais tempo livre que o habitual, tenho aproveitado as férias cercada de livros deliciosos.Alguns eu já havia iniciado, outros estou começando a ler agora. Imersa numa paisagem azul, azul, de frente para a lagoa, tenho pensado em quanto precisamos "ouvir os pés" . Pode parecer loucura, mas há alguns anos, quando arrisquei bobamente um ritmo que não era o meu por um motivo desnecessário, as conseqüências me fizeram pensar nisso pela primeira vez. Agora, nas manhãs coloco os pés na água morna e tomo algum sol, depois retomo os origamis e mesmo que minhas mãos tenham sempe sido prioridade, venho meditando sobre os pés, os passos, os caminhos. E o ritmo! Você já "ouviu" seus pés? Experimente...
Ainda um ensaio, esse sapato que nasceu tamanco e tem se modificado. Estou à procura do melhor acabamento e acredito que em poucos dias consiga um fechamento bacana (o passo final no calcanhar exige extrema delicadeza na dobra) . É com papel circular que tenho explorado, por trazer desafios diferentes dos papéis angulares.
"Passeio de madrugada
os meus sapatos
empapados de orvalho"
Rogério Martins
Pouquíssimos prestam atenção aos pés. Tão prestativos e tão esquecidos. Já recebi uma grande lição por intermédio deles. Sua simbologia é gigantesca... Esses sapatinhos estão lindos, parecem pertencer a algum elemental verde! Sua inspiração está alcançando grandes distâncias! Parabéns!
ResponderExcluirObrigada, Briana Wicce. Que ao dobrar os sapatinhos, eles nos façam alcançar a distância dos sonhos!
Excluir